Como é a história da categoria F-5000

Como é a história da categoria F-5000

A história da categoria F-5000 teve início nos Estados Unidos durante as décadas de 60 a 70, era uma nova opção para fórmulas feitas e em pouco tempo, se popularizou rapidamente pelo mundo inteiro.

A ideia inicial era que a F-5000 fosse uma opção mais barata que a F1, principalmente devido a batalha que envolvia a Indy, promovida pela USAC, enquanto a Sport Car Club of America, conhecida por SCCA,  começou a acreditar nas corridas em circuitos mistos, sempre se baseando nas regras que eram aplicadas nos grupos da FIA.

Em 1965, foram criadas as Fórmulas A, B e C, mantendo os regulamentos que aconteciam nas categorias F2 e F3, além de séries que mais tarde se tornariam clássicas como a Trans-Am e a Can-Am, mas, foi em 1966 o ano em que aconteceu o 1o campeonato da Fórmula A, onde Harry McIntosh consagrou-se campeão nacional pilotando uma Brabham BT7 da F1, modelo de 1963.

No ano seguinte, foi a vez do campeão Chuck Kirkbride, dirigindo a Lotus 18 que competiu sozinho na série em provas abertas com os carros da Fórmula B, sendo que antes disso, não havia ganho nenhuma prova sequer, e sempre chegava até duas voltas atrás do vencedor!

O sucesso da SCCA era visível com suas séries de turismo e carros esportes, então, decidiram alterar algumas regras permitindo a participação de carros com motores de produção com até 5 litros, maiores que utilizados pela F1 que são de 3 litros, como os modelos Chevrolet Camaro, Ford Mustang, Dodge Challenger, AMC Javelin, Plymouth Barracuda, além de outros V8.

Esse foi o trampolim para que a categoria F-5000 fosse alavancada devido a oferta, e isso, chamou a atenção de fabricantes de chassis como McLaren, Lotus, Chevron e Lola, passando realmente a ser conhecida como F-5000.

Já o campeonato original da SCCA acabou se beneficiando também do enorme sucesso da Can-Am, assim, como pilotos e fabricantes europeus que já estavam de olho na modalidade e acabaram migrando para os monopostos da entidade.

Durante onze temporadas, somente nas três primeiras é que o campeão foi americano.

Nos anos seguintes os campeonatos ficaram para os ingleses, Jody Schekter em 1973, e Brian Redman, que ficou conhecido como uma lenda na categoria f-5000, graças ao tricampeonato em 74/75/76.

Outros corredores que passaram pela F1, também fizeram parte da F-5000 americana, Chris Amon, Peter Gethin, Derek Bell, James Hunt, Lella Lombardi, Jackie Oliver, Alan Jones, Patrick Tamo eles, bay, Andrea de Adamich e Hiroshi Fushida.

Muitos pilotos locais que não estavam satisfeitos com a quase ausência de traçados mistos na Indy, começavam então, a ser atraídos para a F-5000.

Como Mario Andretti, os irmãos Unser e Gordon Johncock, além de outros, que insistiram para disputar a série contra a vontade da USAC, isso, levou dirigentes a entrar em acordo e, a partir de 1974, as duas entidades reafirmaram a F-5000, fazendo dela a principal competição de monopostos do país.

Para participar da categoria F-5000, podiam ser utilizados até mesmo os carros de F1 sempre em configuração original. Era necessário apenas, adaptar monopostos do mundial, além de fazer os enormes motores 5.0 caberem dentro de seus chassis estreitos, praticamente impossível!

É interessante esclarecer que a principal diferença para os carros da F1 era o tanque de combustível com a capacidade 50% menor, por isso mesmo, a corrida dos F-5000 eram feitas em duas baterias para facilitar o reabastecimento, além é claro, de terem quase 100 cavalos de força a mais de potência e 100 kg mais pesados.

Para os saudosos da F-5000 uma boa notícia, é que desde Março de 2016, alguns empreendedores liderados pelo ex-piloto Chris Lambden, apresentaram a imprensa um protótipo baseado no chassi Swift FN09, recentemente abandonado pela antiga F-Nippon japonesa, com motor Ford Coyote 5.0 desenvolvido a partir de unidades de produção, com um ar vintage típico dos clássicos F-5000 dos anos 70!

Aparentemente, a ideia é retomar a Tasman Series, com sete etapas na Austrália e na Nova Zelândia entre Dezembro e Janeiro.

Os idealizadores deixaram bem claro, que os pilotos interessados devem ter mínimo de 18 anos, isso, demonstra que não é apenas uma categoria de base.

O retorno da categoria F-5000 está prevista para acontecer até o final de 2017.

É aguardar, para ver!